Primeiramente eu desejo um enorme parabéns a todos os nutricionistas (formados ou em formação) pelo seu dia, que foi comemorado na última segunda feira, 31 de agosto. Exatamente por causa desta data é que eu estou fugindo um pouquinho dos temas da aula de dietética para fazer um comentário sobre um outro evento, que no entanto eu considerei totalmente pertinente a este protifólio, uma vez que veio complementar, para mim, o estudo da referida disciplina.
O evento em questão foi o II Seminário do Curso de Nutrição da UFMG, realizado nos dias 31 de agosto e 1 de setembro, como parte da comemoração do Dia do Nutricionista. O seminário como um todo foi muito proveitoso, mas uma palestra em especial chamou a minha atenção, e foi ela que me fez questionar alguns conceitos sobre a nutrição e também sobre a importância da técnica dietética. A palestra foi ministrada pela nutricionista Rita de Cássia Ribeiro (atualmente professora do curso de nutrição da PUC Minas, mas ela também já foi minha professora no 1° período da faculdade. ^^) cujo o tema foi Culinária, Saúde e Prazer. É sobre isso que quero falar um pouquinho.
Para mim sempre foi muito importante aliar, na prática da nutrição, o saudável ao prazeroso. Por isso, acho que eu não tinha percebido antes, até ouvir essa palestra, como para a maioria das pessoas esses conceitos são mutuamente excludentes. Muitos pensam que para ser saudável tem que ser sem sabor, "comida de coelho", que nutricionista proibem "tudo que é gostoso". Por um outro lado, com a evolução da ciência de alimentos, cada vez mais se conhece sobre os nutrientes e suas propriedades e a mídia (vide Globo Repotér rsrs) está sempre divulgando as novas descobertas. De repente todo querem ingerir fibras, ômega 3, fitoesteróis, enfim, ter uma "alimentação saudável, que previna doenças". Assim a própria identidade dos alimentos vem se perdendo: não comemos mais arroz com feijão e sim ingerimos carboidratos, proteínas, fibras. O alimento está virando remédio, perdendo sua história e tradição para se tornar um aglomerado de nutrientes.
É claro que conhecer essas substâncias é importante e é um grande avanço da ciência, mas comer não é só isso. É cultura, identidade de um povo. E é ai que eu acho que a técnica dietética se torna tão importante, ajudando a reverter esse quadro. Se todos os nutricionistas conhecerem as técnicas corretas de preparo dos alimentos, que preservam não só seus nutrientes, mas sua cor, sabor e aroma, é possível reverter esse quadro. Trazer novamente o prazer à mesa, sem abrir mão da saúde. Pois a dietética, aliada à culinária e à gastronomia, pode promover a saúde, sem abandonar o prazer.
Por me abrir mais um horizonte em relação ao estudo da disciplina de dietética é que esta palestra teve vez nesse portifólio. Espero que outras pessoas possam se beneficiar desse pequeno comentário. Encerro com uma frase que estava na apresentação da palestra e que considerei muito interessante:
O evento em questão foi o II Seminário do Curso de Nutrição da UFMG, realizado nos dias 31 de agosto e 1 de setembro, como parte da comemoração do Dia do Nutricionista. O seminário como um todo foi muito proveitoso, mas uma palestra em especial chamou a minha atenção, e foi ela que me fez questionar alguns conceitos sobre a nutrição e também sobre a importância da técnica dietética. A palestra foi ministrada pela nutricionista Rita de Cássia Ribeiro (atualmente professora do curso de nutrição da PUC Minas, mas ela também já foi minha professora no 1° período da faculdade. ^^) cujo o tema foi Culinária, Saúde e Prazer. É sobre isso que quero falar um pouquinho.
Para mim sempre foi muito importante aliar, na prática da nutrição, o saudável ao prazeroso. Por isso, acho que eu não tinha percebido antes, até ouvir essa palestra, como para a maioria das pessoas esses conceitos são mutuamente excludentes. Muitos pensam que para ser saudável tem que ser sem sabor, "comida de coelho", que nutricionista proibem "tudo que é gostoso". Por um outro lado, com a evolução da ciência de alimentos, cada vez mais se conhece sobre os nutrientes e suas propriedades e a mídia (vide Globo Repotér rsrs) está sempre divulgando as novas descobertas. De repente todo querem ingerir fibras, ômega 3, fitoesteróis, enfim, ter uma "alimentação saudável, que previna doenças". Assim a própria identidade dos alimentos vem se perdendo: não comemos mais arroz com feijão e sim ingerimos carboidratos, proteínas, fibras. O alimento está virando remédio, perdendo sua história e tradição para se tornar um aglomerado de nutrientes.
É claro que conhecer essas substâncias é importante e é um grande avanço da ciência, mas comer não é só isso. É cultura, identidade de um povo. E é ai que eu acho que a técnica dietética se torna tão importante, ajudando a reverter esse quadro. Se todos os nutricionistas conhecerem as técnicas corretas de preparo dos alimentos, que preservam não só seus nutrientes, mas sua cor, sabor e aroma, é possível reverter esse quadro. Trazer novamente o prazer à mesa, sem abrir mão da saúde. Pois a dietética, aliada à culinária e à gastronomia, pode promover a saúde, sem abandonar o prazer.
Por me abrir mais um horizonte em relação ao estudo da disciplina de dietética é que esta palestra teve vez nesse portifólio. Espero que outras pessoas possam se beneficiar desse pequeno comentário. Encerro com uma frase que estava na apresentação da palestra e que considerei muito interessante:
"...como se poderia rejeitar aquela (a comida) que no sustenta do nascimento ao túmulo, que faz crescer as delícias do amor e a confiança da amizade, que desarma o ódio, facilita os negócios e nos oferece, na curta tragetória da vida, o único PRAZER que não é acompanhado de fadiga e nos descansa de todos os outros?"
- Brillat-Savarin, autor de A Fisiologia do Gosto
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