Juntando duas aulas em um comentário: Leguminosas e Cereais. O por quê disso? Um complementa o outro, tanto em questões nutricionais (em relação aos aminoácidos essenciais, que os dois grupos apresentam diferentes deficiências, que se anulam quando consumidos em conjunto, na quantidade adequada) e em relação ao paladar do brasileiro, que parece não viver sem a clássica mistura de feijão (leguminosa) e arroz (cereal). É claro que nem só desses dois são feitos esses grupos, mas eles são os mais conhecidos e consumidos no nosso país. No grupo das leguminosas também encontramos a soja, o grão-de-bico, a lentilha, a ervilha e o amendoim, entre outros. No dos cereais temos o milho, a aveia, a cevada, o trigo, o centeio e mais.
Os cereais apresentam uma grande diversidade de produtos secundários: farinhas, pães, bolos, biscoitos, massas, cereais matinais. O que eu não esperava é que com as leguminosas podéssemos ter uma variedade tão grande de preparações também (não tão grande quanto a dos cereais, no entanto). Nosso box fez um bolinho de grão-de-bico que ficou muito saboroso (apesar de ter se desmanchado um pouco na fritura, ainda não compreendemos o motivo!!!) e outros grupos prepararam diferentes leguminosas de diversas formas, todos os pratos muito gostosos! Nada de grãos apenas cozidos, refogados e sem graça rsrs. Outro ponto para a técnica dietética!
Já na aula de cereais, que era de se esperar uma grande diversidade (na verdade ela existe mesmo!), acabamos por preparar o básico: arroz e macarrão (diferentes tipos). Mesmo assim foi interessante ver como o tempo de cozimento dos tipo de arroz pode variar (o integral demora muito mais a ficar pronto) e as diferenças de sabor também.
Esses dois grupos apresentam um grande valor nutricional, pelo seu conteúdo de vitaminas, minerais e fibras, e mais ainda quando combinados para gerar proteínas de alto valor biológico (que possuem todos os aminoácidos necessários ao organismo, na quantidade certa). Essa característica é ainda mais relevante em se tratando da população de baixa renda, que não pode ter acesso às maiores fontes de proteínas de alto valor biológico (carnes, ovos e leite) e também para aqueles grupos que não consomem esses alimentos por motivos religiosos, ideológicos ou outros motivos pessoais. Pena que o consumo de feijão com arroz é cada vez mais baixo no país, substituído muitas vezes por comida fast food, de baixo valor nutricional. Se o incentivo ao consumo desta clássica mistura não surtir resultados vale tentar alguma outra combinação de leguminosa com cereal (tantas são possíveis!), para que não se percam essas ótimas fontes de nutrientes na nossa alimentação cotidiana!
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